Friday, September 6, 2013

Retratos desta gente que nos cerca

1. A falta de juízo

Os nossos extraordinários juízes continuam a demonstrar-nos que, para além do problema de produtividade (i.e., quantidade), também a qualidade do seu trabalho deixa muito a desejar.

Desta vez, temos a decisão de não colocar em prisão preventiva um homem que violou uma menina de 14 anos. A justificação? A menina já teria tido relações sexuais. Isto é uma burrice a tantos níveis, que nem sei por onde começar, e hoje não me apetece desenvolver muito.

Deixo apenas mais este exemplo de como esta gente não merece a confiança que o cargo lhes confere.

2. O triunfo das múmias

Chamam-lhes "dinossauros", mas na realidade, parecem mais múmias, nas suas pirâmides, os seus centros de poder.

A decisão do TC, ontem, garante que os nossos autarcas mumificados vão poder mover essas pirâmides de município em município, e perpetuar o seu poder até se desfazerem.

O quê? O povo não o permitirá? Esse seria para rir, mas não me apetece. O grau de exigência do povo anda ali algures entre o zero e o menos infinito; basta ver os casos do Isaltino e afins.

E parece que, desta vez, o "Partido do Bom Senso" não se multiplicou em críticas ao TC e à Constituição. Aparentemente, quando fazem o que nós queremos, está tudo bem. O que diz muito sobre o carácter desta gente.

3. A eficiência dos privados

A revisão ao Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo aprovada ontem demonstra, mais uma vez, como funciona a famigerada "eficiência dos privados" em Portugal.

E como funciona? Simples. Como os supostos "gestores" das entidades privadas não têm talento nem competência para gerar os lucros pretendidos, necessitam que o Estado garanta uma parte significativa desses lucros.

É apenas isso que está em causa. A "liberdade de escolha" é mais um sound bite, repetido até à exaustão, para enganar os mais distraídos.

Mas não surpreende. É só mais uma Cratinice. Que não é muito diferente das outras que este governo e todos os anteriores já fizeram; afinal, sem a contribuição do Estado, esta gente não conseguiria juntar fortunas.

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