Saturday, November 12, 2011

Tão a ver? Sei lá...

Já tinha um bocado a ideia que isto era o governo dos tios e das tias, tão a ver?

Aquela ideia que os alunos de topo podiam doar o prémio de mérito a um aluno carenciado deixava claro que, para esta gente, um aluno de topo não pode, certamente, ser um aluno carenciado. Qu'órror!

Depois, a ideia de acabar com carreiras de transporte essenciais a horas verdadeiramente descerebradas. Não há aí grande surpresa. O tios e as tias e os seus amiguinhos não andam de transportes, e no mundo em que vivem, tão a ver, qualquer pessoa que tenha que se deslocar a essa hora tem carro, sei lá, não acham?

E agora... isto.

É que isto de a educação ser para todos também me parece um grande disparate. Então, mas os pobrezinhos estariam melhor se as criancinhas trabalhassem, não é? Assim, ganhavam um dinheirinho, tão a ver, e deixavam de ser pobres, sei lá.

Enfim, isto parece-me uma medida verdadeiramente estúpida e incompetente, mas certamente devo ser eu que vivo num mundo diferente.

Já agora, só para terminar, acho piada o Vitinho andar todo indignado com o comportamento dos PCPs e BEs desta vida, e não comentar, p.ex., isto. Que, aparentemente, na situação em que o país se encontra, é "perfeitamente normal".

Thursday, September 8, 2011

Mais economias (they just keep coming)

E aqui temos mais um corte na despesa.

Que, tal como disse ontem, tem como consequência efectiva o aumento da despesa das famílias.

É bom ver que é para isto que elegemos "os melhores dos melhores". Sim, porque se atribuíssemos as rédeas deste processo a um qualquer arrumador de carros, certamente que ele não seria capaz de se lembrar de medidas tão arrojadas, inovadoras e originais como as que têm desfilado pelos media.

Wednesday, September 7, 2011

Economias

Ontem, até comecei a ver o Vitinho. Mas, como acontece frequentemente quando ele fala, rapidamente senti os neurónios a adormecer.

Do que vi, deu para perceber que, segundo ele, os outros não percebem as questões, pois passam a vida a misturá-las. Bem, pelo que me foi dado a observar, ele também não as deve perceber, pois não responde ao que lhe perguntam.

Uma coisa posso afirmar - o que vimos até agora resume-se a isto:
  • Aumento de receita, à custa de impostos que atingem, na sua maioria, a classe média.
  • Corte de despesa na saúde, educação e Seg. Social. Como estes são sectores essenciais para a maioria da população (e não algo em que possamos dizer "OK, vou passar a utilizar menos"), este "corte" na despesa é, na realidade, um aumento na despesa das famílias. Aliás, a sua real consequência é exactamente a mesma que, p.ex., o aumento na taxa da electricidade, apesar de o mecanismo ser diferente.
Portanto, pessoal, toca a consumir... ou talvez não.


Monday, August 1, 2011

Friends will be...

Não estive a ver em directo. Tenho demasiado respeito pelos meus neurónios.

Mas ouvi o "resumo do jogo" no noticiário. A certa altura, diz assim o Novo Cromo (parafreaseando): "As alterações efectuadas na Administração da CGD não vão aumentar a despesa".

Portanto, meninos, a lição para hoje é: Todo o país foi lançado num esforço cujo objectivo é cortar despesa e aumentar receita. Todo??!! Não! Para um conjunto de indivíduos, aos quais chamaremos apenas "friends" (porque os Novos Cromos dizem que não têm "boys"), o objectivo fica-se por "não aumentar a despesa".

A isto, juntamos o brinde do BPN, a outros "friends".

Se dúvidas ainda havia, rapidamente se dissiparam - os Novos Cromos são iguaizinhos aos Velhos Cromos.

Saturday, July 9, 2011

Ratings & Detonadores

Passam-se dias, semanas, meses... e não há muita coisa para dizer. Não vale a pena estar a papaguear sempre o mesmo.

Porém, ocasionalmente, a realidade oferece-nos algo digno de nota.

2010-07-13: Cavaco Silva: “Não devemos recriminar as agências de rating”
2011-07-08: Cavaco Silva: agências de rating "são uma ameaça"

(O nosso PR bem podia ter esperado mais 5 dias antes de abrir a boca, não é?)

Escolhi este personagem por ser o mais óbvio, mas o que não faltou por aí há uns largos meses foram outros visionários que afirmavam que as agências de rating estavam apenas a fazer o seu trabalho e eram até nossas amigas. Tal como os animais, suponho. Poderia fazer uma qualquer alegre alegoria com um crocodilo, mas repugna-me insultar os pobres répteis.

«O caso da descida de rating de Portugal (...) foi o "detonador que despertou os líderes europeus para enfrentarem o que têm vindo a fazer as agências norte-americanas", considerou o chefe de Estado.»

Ora, se os supra-citados "líderes" precisaram de um despertar, isso parece indiciar que estavam a dormir. Durante o horário de trabalho. Ao longo de, pelo menos, um ano. De tal forma, que só os acordaram com uma detonação.

Folgo em saber que brevemente será mais barato despedir os improdutivos. Sugiro que essa lista seja encabeçada por este conjunto de "líderes".

Em alternativa, posso sugerir outro tipo de detonação, uma "final solution" para todos estes doutos personagens, seguindo esta excelente sugestão, que se mantém actual: