Friday, September 20, 2013

Educação... Lembrei-me do Guterres, não sei porquê...

Ora aí está o camarada Crato em todo o seu esplendor.

Começo por dizer que hoje é 6ª feira. Aqui em frente a minha casa, tem sido uma semana de aulas, embalada pelo barulhos dos camiões e das máquinas e perfumada pelo aroma do alcatrão.

Segundo Crato afirmou há uns dias, está tudo a correr na normalidade, à excepção de uns "casos pontuais". Deve ser isso, então; em frente a minha casa tenho um exemplo de "pontualidade" do Crato.

Mais "engraçada" ainda é a questão dos manuais de Português e Matemática. O Ministério da Educação Cratino (MEC) introduziu alterações a estas duas disciplinas; mas garantiu que os manuais escolares existentes continuavam a poder ser utilizados, i.e., que os pais não eram obrigados a comprar os novos manuais.

O que o MEC se esqueceu foi de dizer que a coexistência de diferentes manuais nas salas de aulas tem que ser gerida pelos professores, i.e., é através de um esforço adicional dos professores que se garante essa coexistência.

Vejamos então a performance do camadara Crato:
  • Apresenta uma solução que não resolve nada, mas passa o esforço de a implementar para terceiros.
  • Fica bem na fotografia, pois diz aos pais, apertados em tempo de crise, que não precisam de comprar manuais.
  • Apesar do ponto anterior, fica bem com os amigos das editoras, pois, a confirmarem-se as denúncias de pais e professores, o mais certo é haver muitos pais que vão fazer o sacrifício para que os seus filhos não tenham um handicap em duas disciplinas de exame.

Isto, meus caros, é um verdadeiro case-study de "solução" típica de líder tuga:
  • Não resolve nada.
  • Obriga os colaboradores a desperdiçar esforço (e, portanto, produtividade).
  • Incide sobre algo que é essencial para as pessoas, o que garante receita aos amigos que vendem esse bem essencial.

É apenas mais do mesmo, seja dos líderes públicos, seja dos privados, principalmente dos privados que têm no Estado o garante do seu negócio. Afinal, quem tem um rendimento máximo garantido, não precisa de "fazer bem", apenas de "fazer acontecer".

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