O presidente do ACP, Carlos Barbosa, sugeriu que as bicicletas deveriam ter seguro obrigatório, tal como os carros... e as motas... e, se pensarmos bem, a esmagadora maioria dos veículos que circulam na estrada.
Os camaradas ciclistas não gostaram da ideia, o que não espanta ninguém. Toda a gente gosta de direitos, mas ninguém gosta de deveres.
Irónica foi a declaração da Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi), que se mostrou disponível para um debate sério e sem demagogia para criar um convívio mais agradável e seguro na estrada.
Plenamente de acordo, caríssima MUBi. No entanto, sugiro um preâmbulo para esse debate - ensinem aos ciclistas (de uma maneira geral, não apenas aos vossos associados) que um sinal vermelho no semáforo significa "Parar".
Sim, caros ciclistas, é verdade, parar. Mesmo que seja totalmente seguro passar; mesmo que consigam passar à tangente ou obriguem a parar quem tem sinal verde (é raro, sim; ainda só o vi duas vezes). Sinal vermelho obriga a parar. Ou porque acham que param os condutores dos outros veículos (carros, motas, etc)?
Alguns não param? Sim, é verdade, longe de mim defender o civismo dos automobilistas portugueses. No entanto, a minha experiência, por muito insignificante que possa ser, demonstra-me o seguinte:
- A maioria dos automobilistas pára no sinal vermelho.
- A maioria dos ciclistas não pára no sinal vermelho.
Portanto, estão a ver o problema, certo? Adiante.
Uma vez interiorizado este extraordinário conceito, podemos passar para outro, que vos deverá parecer igualmente estranho, chamado prioridade.
Quando eu deixar de ver a maior parte dos ciclistas com que me cruzo a desrespeitar rotineiramente as regras de condução, talvez acredite no tal convívio agradável e seguro. De preferência, com seguro.
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