Monday, May 5, 2014

Genial

Recomendo vivamente esta entrevista, uma análise sobre o tema "praxe", e das poucas que vi que merecem a designação "análise".

Não sei quem é Jorge Ramos do Ó (sim, e estou com preguiça de ir pesquisar, é o tuga que há em mim a manifestar-se), mas acho que fez uma análise certeira a todo este "fenómeno", ao afirmar que vai muito para além da praxe, que esta é um espelho da imagem que uma maioria destes intervenientes tem da vida em sociedade.

Não consigo perceber como é que alguém pode achar que as praxes preparam para vida, para os sacrifícios, para a cidadania, para o trabalho em equipa. Em compensação, já consigo perceber melhor muito do que vejo no dia-a-dia. Alguém que acha que fazer flexões em cima de uma colega o prepara para a cidadania só terá tendência para ser um excelente exemplar de cidadão tuga. E quanto ao trabalho em equipa, don't get me started...

Se tivesse que destacar apenas um excerto, seria este:
A ideia de que não existe uma simetria de inteligências. A ideia de que o saber se ouve, não se constrói. A ideia de que não se experimenta, decora-se. A ideia de que não se pensa, reproduz-se.
Esta é, ainda, a forma de pensar de um país onde muita gente continua a pensar que o seu primeiro nome é "Doutor".

A propósito, não sei se o entrevistado é de direita ou de esquerda e - ao contrário do que "pensa" muita da carneirada que vejo online - não acho que tenha qualquer relevância.

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