Thursday, February 4, 2010

Diz o Roto ao Nú

Agências de Rating
Entidades criadas pela indústria financeira para dar ao Estado a imagem de uma pretensa auto-regulação. Esta tem, como a História demonstra, um grau de eficácia nulo. O seu verdadeiro objectivo é manipular taxas de juros - e, consequentemente, o lucro das entidades financeiras que "regulam" - através de "avisos" e "classificações".

UE
Entidade que injectou ao longo de anos uma enormidade de dinheiro em Portugal. O seu objectivo - aparentemente, único - foi abrir o nosso mercado e acabar com um conjunto de actividades produtivas existentes no país. Digo "único" porque o pretexto, o desenvolvimento do país, nunca foi alvo de uma auditoria digna desse nome. Terão os senhores excesso de dinheiro ou falta de tempo?

Não me importo de receber lições e avisos. Podem fazer-me aprender algo, logo poderão ser úteis.

Mas não tenho muita pachorra quando quem não tem competência para fazer o seu trabalho me vem dizer como fazer o meu.

Sunday, August 9, 2009

Que grande perda!

Há qualquer coisa que não percebo nisto.

A minha dificuldade prende-se com esta expressão: "perdendo o direito de votar no concelho onde nasceram".

É impressão minha ou sempre foi assim? Os eleitores não votam para os orgãos locais de onde nasceram ou de onde querem votar, mas sim de onde residem.

Qual é a perda de direito que me está a escapar aqui?

Friday, July 31, 2009

Incapacidades

Desta vez até estava a seguir sem discordar. Não me encontro na lista de afectados, mas entendo que a solução não passa por esta "redistribuição" da "riqueza" anunciada pelo nosso ainda-e-muito-possivelmente-futuro governo.

Até que cheguei a isto: «E é útil defender que a riqueza de uns deve financiar a incapacidade de outros - porque não se nasce com iguais oportunidades nem com iguais talentos genéticos».

Por um lado, congratulo-me com o facto de, ao lado dos "talentos genéticos", surgirem já as "iguais oportunidades". Tiro-lhe o chapéu por isso.

Mas, e justamente por assim ser, seria melhor definir exactamente o que se pretende dizer com "incapacidade".

Entretanto, vi o título, "Quem é João Rendeiro?", e não pude resistir a ler.

Basicamente, retiro a seguinte conclusão: Se eu ganhar muito dinheiro, der dinheiro a ganhar a muita gente e distribuir algum desse dinheiro em programas de apoio social, então temos uma "história feliz"... independentemente do que eu estiver a fazer para ganhar esse dinheiro.

Quanto à Justiça, permito-me ir mais longe - é o mais grave problema estruturante que temos no nosso país, e enquanto não o resolvermos, tudo o resto que façamos, seja em que área for, será apenas um remendo inútil.



Sunday, July 12, 2009

In falíveis

Vi a notícia aqui, mas deve estar um pouco por toda a parte.

E, sendo verdade que considero que a falha da regulação é um factor de segunda linha, no que toca à responsabilidade neste tipo de casos, não posso deixar de considerar triste esta frase:

"Os seus membros julgaram a partir de critérios subjectivos que pareciam implicar que tudo o que não fosse a infalibilidade na prevenção de fraudes e irregularidades constituía uma falha ou um erro de supervisão"

Desempenho as minhas tarefas seguindo o princípo da infalibilidade e prevenção de problemas. É um objectivo obviamente inatingível, mas isso não é motivo para eu não o assumir. Não sou infalível, nem prevejo todos os problemas, mas trabalho com esse objectivo.

Se vou a uma consulta médica, espero sinceramente que o profissional que me atende se guie pelo mesmo princípio.

Algures por esse mundo fora, alguém estará a desenvolver o software que controla um pacemaker, ou um equipamento de aeronáutica, ou uma arma de destruição maciça... espero que esse alguém se guie, também, por esse princípio.

E espero que nenhum desses elementos se guie pela filosofia de responsabilidade do Dr. Vitor Constâncio.

Tuesday, June 16, 2009

Cabeçalhos

Cabeçalho actual: Ministro não prevê veto de Cavaco

Prevejo um cabeçalho futuro: Ministro não previu veto de Cavaco

Thursday, May 28, 2009

Por acaso, até acho que serve...

Editorial: A política social não serve para nada (ler aqui).

Concordo com o princípio - não nascemos todos iguais, cada um de nós tem as suas limitações, hard-coded no nosso genetic makeup.

E no entanto...

Acho que é justamente por isso que as "políticas sociais" são importantes. Se cada um de nós tem as suas limitações intrínsecas, então nada melhor para uma verdadeira meritocracia que o nivelar do playing field - ficamos todos ao mesmo nível e depois cada um que mostre do que é capaz. Dadas as discrepâncias reinantes na nossa sociedade, isso é impossível sem essas tais "políticas sociais".

Aliás, mesmo com as "políticas sociais", o nivelamento nunca será completo. Alguém duvida que uma criança brilhante que viva num bairro degradado vai ter muito mais dificuldade em realizar o seu potencial que uma criança mais limitada que tenha tido a sorte de nascer numa família de posses?

Não duvido do princípio. Simplesmente, duvido da sua utilidade. Quando chegarmos a uma sociedade onde os filhos são retirados aos pais à nascença e colocados em total igualdade de circunstâncias, aí - e apenas aí - fará sentido prestarmos atenção à inteligência dos genes.

Até lá, há factores muito mais desequilibrantes que o genetic makeup de cada um.

Tuesday, May 26, 2009

Lições da História

Hitler... Estaline...

Nazis... Soviéticos...

Estavam bem uns para os outros.